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Atrelagem – Regulamento Adestramento (CBH)



REGULAMENTO DO ADESTRAMENTO – PROVA A DO CONCURSO COMPLETO

1. PRINCÍPIOS

1.1 O Objetivo
O objetivo da prova de adestramento é, de julgar a liberdade, a regularidade dos andamentos, a harmonia, a impulsão, a elasticidade, a leveza, a facilidade e a correta curvatura dos cavalos no movimento. Os concorrentes serão também julgados pelo seu estilo de conduzir, a precisão e controle dos seus cavalos, assim como o seu traje, a condição do arreio e do carro e a apresentação do conjunto.

2. PISTA DE ADESTRAMENTO

2.1. A Pista
2.1.1 Para todas as classes nos Campeonatos e Concursos CAIO e para todas as classes de 4 cavalos nos Concursos CAI a pista deve ter 100 m x 40 m e marcado de acordo com os anexos.
2.1.2 Para todas as classes de Singulares e Parelhas nos Concursos CAI pode ser usado uma pista menor, medindo 80 x 40 m e marcada de acordo com os anexos, sendo que nesse caso os arcos da serpentina serão reduzidos de 5 para 3.
2.1.3 Os organizadores devem assegurar que os arranjos estejam dispostos de maneira a que os espectadores não se aproximem mais do que 5 metros da borda da Pista de Adestramento.

3. PROVAS DE ADESTRAMENTO

3.1. Provas Aprovadas
Os detalhes das provas de Adestramento da FEI aprovadas vêm descritos no site da FEI. Nos programas dos Concursos devem vir claramente especificado quais destas Provas serão utilizadas.

3.2. Provas Livres
3.2.1 A Comissão Organizadora pode incluir uma Prova de Adestramento Livre com ou sem música, desde que não faça parte do Concurso Combinado de Atrelagem. O método de julgamento deve vir claramente explicado no Programa. Os Juízes deverão dar um conjunto de notas para o conteúdo, outro para a impressão geral e uma terceira para a interpretação da música quando exigida.
3.2.2 O programa escolhido pelo Concorrente não deve exceder o tempo indicado pela CO.
O Presidente do Júri deve tocar a campainha pela primeira vez um minuto antes do tempo concedido. A campainha tocará uma segunda vez no fim do tempo concedido para indicar ao Concorrente que deve terminar imediatamente a sua prova.

3.3. Demonstração da Prova de Adestramento
3.3.1 Nos Campeonatos e Concursos CAIO, deve haver uma demonstração da Prova de
Adestramento até 30 minutos antes do inicio da Prova A.

3.3.2 O Delegado Técnico deve decidir, juntamente com a CO, se a demonstração da Prova
será feita por um , dois ou quatro cavalos quando o Concurso consiste em mais do que uma Classe.
3.3.3 Este requisito é opcional nos Concursos CAI-A e CAI-B.

4. CONDIÇÕES

4.1 Entrada
Um concorrente que entre na Pista de adestramento antes do toque de campainha ou que não entre dentro dos 90 segundos depois do toque pode ser eliminado, à discrição do Presidente do Júri.

4.2 Memória
As Provas de Adestramento devem ser executadas de memória.

4.3 Claudicação
4.3.1 Se o Presidente do Júri observar um caso de nítida claudicação, deve desclassificar o
Cavalo e eliminar o Concorrente. Não há recurso contra esta decisão.
4.3.2 Em casos de dúvida, quando o Concorrente acabar a sua Prova, o Presidente do Júri poderá pedir imediatamente que o Cavalo seja observado pelo Delegado Veterinário, fora da pista.
4.3.3 Em Competições em que estejam a ser utilizados pistas adicionais, as referências ao Presidente do Júri no 3.1 – 3.2 acima, serão da responsabilidade do Juiz em C na referida Pista;

4.4 Bem-estar. Ver artigo 901 do Regulamento da FEI.

4.5 Veterinário de Tratamento
Nos CAI’s, um Veterinário de Tratamento deve estar disponível para o Júri, segundo esquema aprovado pelo Presidente do Júri. Nos Campeonatos e CAIO’s devem estar sempre disponíveis.

5 JULGAMENTO

5.1 Posição dos Juízes
Quando há 5 Juízes a julgar na Prova A, o Presidente do Júri ficará sentado na letra C. 1 Juiz de cada lado de C, a 5 metros da ponta da Pista e os restantes Juízes sentados em B e E. Quando há 3 Juízes, o Presidente estará sentado em C, e os outros Juízes em B e E. Para todas as outras Provas os Juízes estarão sentados em CRSVP se houver 5 Juízes e em CBE se houver 3 Juízes.

5.2 Método de Julgamento
Uma vez que o Concorrente começou a Prova, os Juízes farão a sua pontuação individualmente e não haverá consulta entre estes.

5.3 Conjuntos Múltiplos
As Parelhas, Tandens e 4 Cavalos serão julgados no seu conjunto e não cada Cavalo individualmente.

5.4 Andamento
A definição de andamentos no Artigo 6 – Andamentos, será aplicada a todos os tipos e raças de Cavalos.

5.5 Começo e Fim
A Prova de adestramento começa quando o Concorrente entra na Pista em A, salvo indicado de outro modo, e acaba com o cumprimento final. As Provas não são cronometradas. O Concorrente deixará a Pista a trote.

6. ANDAMENTOS

6.1 Alto
O Cavalo deve parar quadrado e direito com o peso uniformemente distribuído pelos 4 membros. O Cavalo deve ficar atento e imóvel, pronto a pôr-se em movimento a mais leve indicação do Concorrente.

6.2 Passo
Um passo regular, descontraído, de uma extensão média. O Cavalo, num contato ligeiro, deve andar com energia, mas calmo, com passos iguais e determinados sendo que os pés devem tocar no chão à frente das marcas das mãos.

6.3 Trote de Trabalho
Um trote ativo, para a frente, com o cavalo na mão, em equilíbrio e ritmo, com passadas uniformes, elásticas e com uma ação enérgica. Os posteriores devem, pelo menos, assentar no solo nas marcas dos anteriores.

6.4 Trote Reunido
O Cavalo permanece na mão e move-se energicamente para frente empregando ainda mais os posteriores de maneira a conduzir para uma flexão dos jarretes e boletos e a uma leveza das espáduas para uma maior mobilidade e elevação das passadas. O pescoço estará mais elevado e arqueado sem constrangimento, sendo a nuca a parte mais elevada e o chanfro não deve estar atrás da vertical.

6.5 Trote Alongado
O Cavalo aumenta a passada de maneira a cobrir o máximo terreno possível como resultado de uma maior impulsão dos posteriores. O Concorrente permite ao Cavalo, mantendo-o na mão sem se pendurar, que a sua passada aumente, ganhando terreno com o chanfro ligeiramente à frente da vertical. Os posteriores devem nitidamente pousar a frente da marca dos anteriores.
O Cavalo deve manter-se em equilíbrio, no mesmo ritmo e com passadas iguais. Não é pedido que vá além, sendo o mesmo, considerado uma falta grave.

6.6 Galope de Trabalho
Um andamento para frente, ativo com passadas regulares e a três tempos. O Cavalo, em bom equilíbrio, mantém-se “na mão” sem se pendurar, e avança com passadas cadenciadas e ligeiras e com uma boa ação.

Um galope para a direita, por exemplo, terá a seguinte seqüência de apoios: posterior esquerdo, diagonal esquerda (simultaneamente anterior esquerdo e posterior direito), e anterior direito, seguido de um tempo de suspensão com todos os membros fora do solo antes de se iniciar um novo tranco.
A qualidade do Galope é julgada pela impressão geral, e a regularidade e leveza das três batidas. O Cavalo deve estar “na mão”, com os posteriores bem metidos e com uma boa ação, e deve ter a capacidade de manter o seu ritmo e equilíbrio natural durante o andamento e as transições. O Cavalo deve permanecer direito nas linhas direitas e encurvado corretamente nas linhas curvas.

6.7 O Recuar
O Cavalo deve recuar numa linha direita, em que o cavalo se desloca por diagonais. O Cavalo deve permanecer “na mão”, direito, sem fugir ou resistir ao contato. A transição para o próximo andamento deve ser imediata e suave.

6.8 Espádua à dentro
A espádua à dentro no cavalo engatado é executada em trote reunido. No caso de 4 cavalos os cavalos da frente estão posicionados de modo a que a cauda do cavalo de fora fica em frente à ponta da lança. As espáduas dos cavalos da frente colocam-se para dentro num ângulo constante de aproximadamente 30 graus e uma ligeira, mas consistente flexão no pescoço. O posterior de dentro segue a pista do anterior de fora de maneira que os Cavalos se deslocam em três pistas. Durante toda a figura devem manter-se a impulsão, o ritmo e a entrada dos posteriores.
Demasiada curvatura do pescoço resulta em perda do ritmo e ligeireza. Os Cavalos do tronco (presos aos varais ou lança) devem permanecer direitos sem uma curvatura contrária.

6.9 Transições
As mudanças de andamento devem ser feitas rapidamente, mas de um modo suave mantendo o Cavalo em equilíbrio e “na mão”. A transição completa-se quando o chanfro do cavalo chega à letra indicada, a não ser que seja indicado de outro modo.

6.10 Mudança de Andamento e de Figura
As mudanças de andamento e de figura são feitas quando as cabeças dos cavalos da frente chegam ao ponto indicado na prova de adestramento.

6.11 Terminologia
Quando se julgam os movimentos nas Provas de Adestramento de Atrelagem deve-se ter em conta o seguinte:
6.11.1 Obediência e Leveza – resposta pronta às ajudas sem resistência e uma curvatura correta.
6.11.2 Regularidade – a regularidade, uniformidade e ritmo com que o Cavalo coloca as patas no chão.
6.11.3 Contato – a tensão/ ligação nas rédeas entre as mãos do Concorrente e o cavalo deve ser leve e flexível e mantida durante todo o tempo.
6.11.4 Impulsão – a vontade do cavalo em querer andar energicamente em qualquer altura e a responder rápida e prontamente às mudanças de andamento. O Cavalo deve permanecer em equilíbrio enquanto mantém o mesmo “tempo” com passadas iguais.

6.11.5 Retitude– movimentando-se com a cabeça, o pescoço e o corpo numa linha direita com o peso uniformemente dividido pelos membros.
6.11.6 Reunido– redondo e com emprego dos posteriores numa ação enérgica, numa elevação do pescoço permitindo que as espáduas se movam com facilidade. A energia do cavalo tem mais ritmo do que no trote de trabalho. As ancas comprimem-se, a garupa abaixa e o antemão eleva-se. O tranco é mais curto, mas mais vigoroso que no trote de trabalho e os membros soltam-se das espáduas com grande agilidade resultando numa grande leveza e mobilidade. O pescoço deverá estar mais arqueado. O encurtar não é, nem deve ser o resultado de puxar para trás, mas antes o fato de pedir e permitir ao Cavalo que se movimente para frente na mão do Condutor.
6.11.7 Precisão – Precisão nas voltas, círculos, serpentinas, ao longo da pista, e nos recuos.

7 Impressão Geral
7.1 Principio
No fim da folha de classificação dos Juízes há cinco pontos para julgar a Impressão Geral.

7.2 Andamentos
Regularidade e franqueza (em caso de 4 cavalos, manutenção do andamento por todos os cavalos). A qualidade dos andamentos de cada movimento é marcada na figura própria. A nota para a impressão geral deve refletir os andamentos e transições ao longo de toda a Prova.

7.3 Impulsão
O avançar com atividade e vigor, o emprego dos posteriores, (nos 4 cavalos, tandens ou parelha, o trabalho de todos os cavalos). O nível da impulsão pode variar entre as figuras e os andamentos, mas a nota da impulsão deve refletir a prestação dos Cavalos ao longo da Prova.

7.4 Obediência e Leveza
Resposta às ajudas, de boa vontade e sem resistência. Correção na curvatura.

7.5 Concorrente
Emprego das ajudas, maneira de usar as guias e o chicote, posição no assento, precisão das figuras. A nota deve refletir o nível permanente da precisão e qualidade das transições.

7.6 Apresentação
7.6.1 A aparência do concorrente e dos grooms, a limpeza, o ajuste, o condizer e condição
dos Cavalos, carro e arreio.
7.6.2 Se o Concorrente, Groom (s), carro ou arreio não cumprirem com estas regras, ou se
houver alguma falta no equipamento ou traje, o Presidente do Júri de Terreno anotará 5 pontos de penalização pelo Artigo 9.

8 PONTUAÇÃO

8.1 Pontos
Serão atribuídos pontos até 10 para cada figura e para cada uma das partes da Impressão Geral, nas bases seguintes:
10: Excelente
9: Muito Bom
8: Bom
7: Bastante bom
6: Satisfatório
5: Suficiente
4: Insuficiente
3: Quase mal
2: Mal
1: Muito mal
0: Não executado

8.2 Erro de Prova
Se um Concorrente, tenta realizar uma figura, ou tenta manter o andamento requerido, e não consegue, mas não se desvia do traçado, O Presidente do Júri pode julgá-lo ou como “erro de percurso” (ver parágrafo 8.3 abaixo) ou pode decidir deixar ao critério dos juízes a nota para essa figura. Se um Concorrente não faz nenhum esforço para executar uma figura numa Prova então pode ser julgado como um Erro de Prova ou como um Erro de Percurso à discrição do Presidente do Júri.

8.3 Erro de Percurso
8.3.1 É “Erro de Percurso” quando o Concorrente se desvia do traçado requerido ou quando a figura é executada num andamento errado, ou omitido igualmente.
8.3.2 Se o concorrente fizer um Erro de Percurso, O Presidente do Júri tocará a campainha e deve parar o concorrente. O Concorrente deve então recomeçar a Prova desde o ponto em que se enganou. Se o Concorrente tiver alguma dúvida, poderá pedir ao Presidente que o ajude a recomeçar sem qualquer penalização.

8.4 Arreio Partido ou Solto
Se as guias, a lança, os puxadores ou tirantes se soltarem ou partirem, ou se o Cavalo passar uma perna por cima da lança, do tirante ou do varal, o Presidente do júri deve tocar a campainha e o Groom deve apear-se e ligá-los ou corrigir conforme o caso. O Concorrente será penalizado por apear do Groom.

8.5 Desobediência
Qualquer resistência no movimento para diante, escoicear ou empinar-se é considerado uma desobediência e será penalizado pelo Juiz em C, do seguinte modo:
1º Incidente……………. 5 pontos
2º Incidente…………….10 pontos
3º Incidente……………. Eliminação

Artigo 9 RESUMO DAS PENALIZAÇÕES NAS PROVAS DE ADESTRAMENTO

9.1.1 Entrada antes do toque ou atrasado Possível – Eliminação
9.1.2 Entrar na pista sem o chicote – 10 pontos de penalização
9.1.3 Deixar cair ou pousar o chicote – 10 pontos de penalização
9.1.4 Apresentação incompleta do Condutor – 5 pontos de penalização
9.1.5 Apresentação incompleta do groom – 5 pontos de penalização
9.1.6 Apresentação incompleta do carro – 5 pontos de penalização
9.1.7 Erro de percurso:
Primeiro incidente – 5 pontos de penalização
Segundo incidente – 10 pontos de penalização
Terceiro incidente – Eliminação

9.1.8 Parte do conjunto sair da pista durante uma figura – Penalização na nota por falta de precisão

9.1.9 A atrelagem completa sair fora da pista – Eliminação
9.1.10 Voltar a atrelagem – Eliminação
9.1.11 Apear groom(s)
Primeiro incidente – 5 pontos de penalização
Segundo incidente – 10 pontos de penalização
Terceiro incidente – Eliminação
9.1.12 Apear do condutor – 20 pontos de penalização
9.1.13 Claudicação do cavalo – Desclassificação do cavalo e eliminação do concorrente
9.1.14 Uso de caneleiras ou cloches (cavalo será 10 pontos de penalização inspecionado no fim da prova)

9.1.15 Assistência do exterior – Eliminação
9.1.16 Desobediência:
Primeiro incidente – 5 pontos de penalização
Segundo incidente – 10 pontos de penalização
Terceiro incidente – Eliminação
9.1.17 Sem retranca em carro sem travões – 10 pontos de penalização
9.1.18 Violar as regras de publicidade – 20 pontos de penalização

10 CLASSIFICAÇÃO
10.1 Total de Pontos
10.1.1 As notas individuais dadas por cada Juiz em cada movimento e para a Impressão Geral serão adicionadas em conjunto e divididas pelo numero de juízes para obter a pontuação média.
10.1.2 De modo a ajustar a influência da Prova A no conjunto do concurso, quando o total da pontuação da prova é maior que 160, a pontuação média será multiplicada pelo coeficiente indicado na folha da pontuação, a fim de ajustar a média a ser utilizada nos resultados.
10.1.3 As penalizações só são atribuídas pelo Presidente do Júri colocado em C. Quaisquer
Penalizações, serão deduzidas da média total (ver parágrafo 10.1.2 acima) e o total será deduzido de 160 a fim de obter as penalizações para a Prova.
10.1.4 A pontuação será calculada com 2 casas decimais.
10.1.5 O concorrente com menor pontuação em penalizações será o vencedor da Prova A.

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