XXIII Festival do Cavalo Lusitano recebeu animais criados no Brasil e homenageou criador nacional.
O homenageado Paulo Gavião Gonzaga, ao lado de Luís Vinhas (presidente da APSL), José Francisco Brito Eusébio (presidente da ABPSL) e Diogo Mayer (vice-presidente da APSL)
Entre 7 e 10 de julho, a Sociedade Hípica Portuguesa, em Lisboa recebeu o XXIII Festival Internacional do Cavalo Puro-Sangue Lusitano, evento realizado pela Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano (APSL) e que transformou a metrópole ibérica no centro das atenções para criadores vindos de várias partes do planeta.
Ostentando grande prestígio no cenário internacional da raça, o Brasil esteve muito bem representado em Portugal. Além do estande montado pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano (ABPSL), a criação nacional contou com exemplares da raça em pista, como Trovador da Raposa (na Equitação de Trabalho) e Temporal Interagro (na Equitação à Portuguesa). Destaque, também, para uma filha premiada do garanhão brasileiro Solar dos Pinhais, como a égua Belavista, campeã da categoria “Éguas Montadas” no Concurso de Morfologia. Somado a tudo isso, vale mencionar as dezenas de filhos de garanhões nacionais a serviço em terras lusas que participaram do Festival.
O ponto alto para a criação nacional se deu no momento em que a APSL prestou uma homenagem para o maior criador mundial de Cavalos Lusitanos. Paulo Gavião Gonzaga, titular das Fazendas Interagro, criatório instalado em Itapira (SP), recebeu uma placa, com direito a discurso e muita pompa, durante o Festival.
“Devemos muito a ele na divulgação da raça nos Estados Unidos e na América Latina. Devemos a ele, ainda, um gesto de preservação da raça em um momento difícil por aqui, quando houve a peste equina”, declarou Arsénio Raposo Cordeiro, juiz de morfologia, criador e autoridade internacional da raça.
“Não foi uma megalomania de um brasileiro maluco, foi realmente um plano muito bem pensado, muito bem executado. Na década de 70 vários brasileiros, amantes de cavalos, reconheceram que havia uma lacuna no Brasil, afinal o maior país de língua portuguesa tinha grandes raças cavalares, mas não tinha lá o Puro-Sangue Lusitano”, contou Gavião Gonzaga sobre o início da trajetória das Fazendas Interagro.
Sobre o Puro-Sangue Lusitano no Brasil e a ABPSL
A Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano (ABPSL), presidida, no biênio 2011-2012, pelo empresário José Francisco Brito Eusébio, foi fundada em 1975, com o principal objetivo de desenvolver e manter o stud book da raça, fomentando a criação deste milenar animal no Brasil.
Atualmente, o País conta com aproximadamente 12 mil Cavalos Lusitanos registrados e ostenta o status de um dos maiores exportadores mundiais do animal, ajudando a raça a conquistar reconhecimento internacional. Em Portugal, berço natural do PSL, também existem animais nascidos no Brasil, mas Estados Unidos e México são os maiores compradores dos Lusitanos criados por aqui.
Crédito: Mundo Equestre
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