Esporte paraequestre:
É a 8ª disciplina equestre, segue as regras determinadas pela FEI (Federação Equestre Internacional). É praticada por Pessoas portadoras de necessidades especiais (PPNE) que são avaliadas por uma classificadora reconhecida pela FEI.
No Brasil temos Gabriele Brigite Walter como classificadora.
Desta avaliação sai o perfil funcional do atleta que é enquadrado em um dos 4 graus existentes. No grau Ia o atleta fará sua reprise ao passo, no grau Ib no passo e trote, no grau II Passo e trote, no grau III Passo, trote e galope e no grau IV passo, trote, galope com trabalho lateral.
As reprises apresentadas são executadas em pistas de 20×40 (graus I, II, III) e 20×60 (grau IV).
O esporte paraequestre foi trazido para o Brasil pela Dra. Gabriele B. Walter em 2000. Participou das Olimpíadas de Atenas (2004).
Anualmente o Brasil sedia uma competição internacional e na mesma ocasião oferece cursos de juízes, classificadores, stewards – o 1º curso de stewards paraeqüestre do mundo foi dado no Brasil – e treinadores dados por representantes da FEI vindos dos EUA, Bélgica e Portugal.
Esse esporte também reconhece a importância do cavalo Puro Sangue Lusitano por seu andamento, beleza e concentração.
Em agosto de 2007 Rocinante Interagro iniciou seu trabalho com Daniel Loeb no adestramento paraequestre, esporte também praticado por Monetário Interagro.
Rocinante Interagro e Daniel Loeb em sua primeira aula.
Equoterapia:
A Equoterapia é um método terapêutico reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina em que o cavalo é utilizado em uma abordagem interdisciplinar
buscando equilíbrio biopsicossocial de pessoas portadoras de necessidades especiais e/ou com deficiências.
As informações dadas pelo cavalo proporcionam experiências sensório-motoras, proprioceptivas, vestibulares, respiratórias, cognitivas e afetivas que ajudam o praticante (quem pratica a equoterapia) na sua marcha, equilíbrio, força, coordenação, controle motor e postural, aumento da amplitude das articulações, aumento da auto-estima, do controle emocional, da afetividade, da consciência corporal, da concentração, memória, criatividade, etc.
A equoterapia foi trazida pela Dra Gabriele B. Walter e hoje tem a ANDE Brasil como sua associação nacional.
O cavalo de equoterapia precisa ser especial para passar todas essas informações. Precisa ser dócil, tolerante, bonito, com passo definido, ritmado, suave.
O PSL se enquadra perfeitamente nos quesitos exigidos pela equoterapia e tem sido muito procurado para esse fim.
Um representante da raça PSL, Monetário Interagro, está fazendo parte de uma equipe de equoterapia deixando todos muito satisfeitos com seu desempenho.
Vivência ou Equitação lúdica:
A equitação é recomendada à partir dos 6/7 anos. Isso porque nessa idade as crianças já têm maturidade suficiente para seguir regras e trabalhar em grupos nas escolas de equitação, E o que fazer com os pequenos que adoram cavalos, querem montar mas se cansam com mais facilidade?
Essa demanda fez surgir a vivência que tem como objetivo fazer as crianças pequenas estarem perto do cavalo com orientação de um profissional sensível que intermedie essa “brincadeira” com o cavalo. Essa experiência vai estimular a consciência corporal, lateralidade, noção de espaço/tempo, responsabilidade, afetividade, limites entre outras coisas.
Um cavalo para vivência precisa ser curioso, dócil, paciente, gostar de gente, de carinhos, de fazer exterior, além de ter andamentos ritmados e suaves e, sabemos todos, que o PSL também se enquadra nesse perfil.
Zefir Interagro atua nessa área.
Para saber mais:
Vânia Dutra de Salvo Souza
Juiz de Fora – MG
Telefones (32) 3225-1881/ (32) 9958-4781
email vaniadutra.equo@hotmail.com
Dra. Gabriele Brigitte Walter
Fundação Rancho GG – www.ranchogg.com.br
Ibiúna – SP
email ranchogg@uol.com.br
Genghis Khan Parceiro de Amazona Paraolímpica
Genghis Khan (na foto acima), cujo caráter é muito diferente do que seu nome poderia prever, é um cavalo dócil e sensível. Ninguém sabe disso melhor que Deb Lewin. Paralisada num acidente de carro três anos atrás, Deb, uma ex jogadora profissional de hockey da África do Sul, é uma amazona muito ativa. Em conjunto com a Equest – uma organização de cavalgada terapêutica – ela compete regularmente em adestramento e recentemente precisou de um novo cavalo como parceiro. Cristina Boggio, sua instrutora, conhecia um cavalo assim, um garanhão Lusitano de propriedade de um amigo.
“Ele é maravilhoso e eu confio nele completamente” ela disse a Deb. “Quer tentar?” Deb concordou e foi a Fort Worth, Texas, onde Peter Van Borst treinava Genghis Khan.
“Deb não pode usar o lado esquerdo mas ela se equilibra mesmo utilizando um lado só. É incrível o que ela faz. Muitos cavalos se ressentem quando seus cavaleiros não têm equilíbrio,” disse Cristina, explicando que eles podem ficar confusos pelo peso desigual e distribuição da pressão. “O cavalo tem que ser franco e capaz de perceber que ela não pode usar a perna em um dos lados. O cavalo é um grande aliado – eles têm de prestar atenção e se concentrar, eu tinha observado o caráter do Genghis Khan e sabia que ele era muito distinto.”
Deb assistiu Cristina montá-lo antes de tentar corajosamente subir ela mesma.” “Só de pensar que ela estava montando um garanhão já a deixou nervosa” disse Cristina. “O Genghis Khan era um pouco grande para ela e ela poderia ter perdido o equilíbrio. Eu o montei primeiro – mas ele era outro cavalo com a Deb. Ele entendeu completamente a situação. Foi espantoso.”
Apesar de vir competindo por apenas três anos, ela iria competir nos Jogos Paraolímpicos de Sydney mas não pôde fazê-lo devido a uma concussão causada por um acidente quando montava outro cavalo”. Agora, em plena forma, Cristina espera que Genghis Khan vá ajudar Deb a chegar aos próximos Paraolímpicos em Atenas, Grécia em 2004. Para chegar lá ela precisa participar das competições da USDF contra cavaleiros não deficientes. Deb e Cristina já estão trabalhando numa rotina de adestramento com música. “Nós tínhamos planejado usar música country,” disse Cristina, “Mas nós logo percebemos que esse cavalo nunca vai poder ser country.” Vários cavaleiros Paraolímpicos usam quartos-de-milha e até mesmo puros-sangues mas Cristina está confiante que o Lusitano é particularmente adequado para o esporte. “Lusitanos são maravilhosos,” diz. “Eles têm qualidade de movimento – a união é natural, o que torna tudo mais fácil para quem monta. Mas eu acho que acima de tudo está a seriedade da raça e a vontade que eles têm de agradar.”
Arquivo: Outubro 2002
Atrelagem Paraolímpica
O campo de pólo do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, SP, foi palco, em dezembro, do I Curso de Instrutores Oficiais de Atrelagem Paraolímpica. O evento, organizado pela diretoria de equitação especial da Federação Paulista de Hipismo e Confederação Brasileira de Hipismo, contou com o apoio da Fundação Rancho CG e Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL).
O curso foi credenciado pelo Comitê Paraolímpico Internacional de Esportes Equestres (IPEC), e ministrado por dois ingleses: Sue Adams – delegada técnica do IPEC para Atrelagem – e John Cow-dery – instrutor de Atrelagem Paraolímpica. As aulas foram teóricas e práticas e tiveram tradução simultânea da Skill.
A ABPSL manifestou seu apoio através de patrocínio e divulgação, e os animais e carruagens cedidos para o curso foram das Fazendas Interagro, da Família Gavião Gonzaga, introdutores da Atrelagem com cavalos Lusitanos no Brasil.
Fonte: Revista SP Horse, Dezembro/2003, nº 08, pp. 23
A Atrelagem Paraolímpica (PPD) foi instituída em 1968 pelo Príncipe Philip, do Reino Unido, que redigiu as regras desta competição para pessoas sem limitações motoras. As regras foram aprovadas pela Federação Equestre Internacional (FEI).
A competição consiste de três fases que devem ser executadas entre 3 e 4 dias. No primeiro dia são apresentadas as provas de Adestramento; no segundo, a Maratona com Obstáculos (que no CCE corresponde ao Cross-Country); no terceiro dia a competição é de precisão ao tempo (cronômetro) e que corresponde ao Salto Clássico.
“Muitas pessoas com limitações físicas decidem que cavalgar não é uma atividade para elas, mas como gostam do contato com cavalos, a Atrelagem oferece uma alternativa plausível e agradável de se participar do mundo hípico”, comenta a fisioterapeuta Gabriele. “Obrigatoriamente, a PPD deve ser acompanhada por uma pessoa sem limitação física; que vai desempenhar as funções de segurança e técnico. Atualmente, 15 países já praticam este esporte, mas este número ainda não é suficiente para que ele seja incluído como disciplina oficial Paraolímpica. A FEI tem encorajado a prática do esporte e espera-se que logo existam países suficientes para tornar a Atrelagem um esporte Paraolímpico oficial para participar de competições nacionais e internacionais”, conclui Gabriele.