Pia Aragão & Zepelim Interagro/Elin Joglund

Nos EUA, Pia Aragão estreia Fellini Interagro na São Jorge

Pia Aragão & Zepelim Interagro/Elin Joglund

22/04/18 – Adestramento Brasil: Nos EUA, Pia Aragão estreia Fellini Interagro na São Jorge

Pia Aragão estreou Fellini Interagro na reprise prêmio São Jorge no Global Dressage Festival (AGDF), nos Estados Unidos. Ela foi a única representante do Brasil a competir no festival que tem 12 semanas de provas. Até o ano passado, Fellini fazia a série Cavalos Novos 7 anos. A amazona também competiu no AGDF com Zepelim Interagro, na série grande prêmio, em concursos nacional e internacional.

A amazona contou sua experiência em Wellington, na Flórida (EUA), durante palestra na Sociedade Hípica Paulista. Com Fellini, Pia Aragão conquistou quatro segundo lugares — antes da estreia na PSJ, o conjunto disputou duas provas em uma série mais baixa para o cavalo ganhar experiência. Já com Zepelim, Aragão competiu em concursos nacionais (obteve primeiro e segundo lugares em provas distintas) e internacional (sexto lugar), sempre no grande prêmio.

“Os Estados Unidos estão se preparando para WEG, que será na casa deles neste ano. Então, todos os bons cavaleiros dos EUA e Canadá estavam lá”, contou em entrevista ao Adestramento Brasil. Os Jogos Equestres Mundiais (WEG, na sigla em inglês) ocorrem em setembro em Tryon.




De acordo com a organização do Global Dressage Festival, 350 cavalos ficaram estabulados no local para o evento de adestramento e atletas representando 32 países participaram das competições. Foram 1.600 provas ao longo de 12 semanas, com 2.680 inscrições de conjuntos, sendo 728 entradas para CDIs.

Na palestra, Aragão mostrou imagens dos locais do evento e contou curiosidades como os 90 quilômetros de trilha em volta dos locais — “Os cavalos sempre têm preferência” — e falou bastante sobre a preparação e o orçamento necessário para levar cavalos para competir lá. O primeiro ponto de atenção, ao começar o planejamento, é ter o exame negativo para piroplasmose. Caso contrário, os animais não podem entrar nos Estados Unidos.

Para começar a montar o orçamento, explicou Aragão, é preciso saber quantos cavalos vai levar, quais provas vai participar, onde vai ficar, se vai ou não levar tratador e veterinário do Brasil. Com isto em mente, o passo seguinte é contratar despachantes para arrumar a papelada dos animais (como exames, entrada e saída dos países) tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Antes de embarcar, os cavalos ficam 24 horas em quarentena no Brasil e, ao chegar, passam sete dias confinados na quarentena, que pode ser tanto pública, no aeroporto, quanto privada. Esta é a fase mais complicada da viagem, porque os cavalos passam por todo o estresse do voo e ficam, depois, presos nas baias.

Ao detalhar os custos, Pia Aragão chamou a atenção dos presentes para vários serviços que não estão incluídos, como, por exemplo, ao contratar cocheira (que não aluga por menos de três meses) não consta no aluguel a retirada do estrume e, na estabulagem do evento, a serragem também não está incluída.

Com relação aos valores das competições, o valor para competir nas provas de big tour é de USD 650 e o montante não inclui taxas de antidoping, serviços de escritório, envio de resultado para Federação Equestre Internacional, transporte e baia. A estimativa do custo total para participação é de USD 1600 por conjunto no big tour e USD 1300 no small tour. Nos CDIs, todas as provas distribuem premiação em espécie — cerca de USD 40 mil. “Todos ganham premiação”, contou Pia Aragão.

O circuito Adequan Global Dressage Festival (AGDF) começou em 4 de janeiro e seguiu com provas de adestramento até 31 de março. O Festival Equestre de Inverno (WEF, na sigla em inglês para Winter Equestrian Festival) teve também 12 semanas de duração, de 10 de janeiro a 1º de abril, com provas de hunter e saltos.

As disputas ocorreram na Equestrian Village no Centro Equestre de Palm Beach (PBIEC). Toda sexta, às 19 horas, ocorre a disputa do grande prêmio estilo livre no internacional e, aos sábados, o GP de salto com obstáculos a 1,50 m ou 1,60 m. Durante o circuito, houve provas qualificatórias para os Jogos Equestres Mundiais (WEG —Tryon 2018), tanto em adestramento como em paraequestre. Foi, inclusive, no festival que a Laura Graves estreou sua reprise estilo livre no CDI5* pontuando 84,375%.


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