Todos os cavalos adultos e montados da Interagro são testados para piroplasmose antes de serem colocados à venda, visto que, a maioria é exportada; diretamente ou por nossos clientes nacionais, que adquirem potros mais jovens, a valores mais acessíveis, para serem comercializados posteriormente já treinados.
Sendo o principal destino dos cavalos os Estados Unidos, alguns requisitos sanitários devem ser cumpridos, dentre eles, o exame negativo de piroplasmose.
O Dr. Cassiano Rios, sócio proprietário e diretor veterinário da GTC – Global Trans Connection, responsável pelas exportações da Interagro há mais de 15 anos, explica a importância do exame e as dificuldades por ele vencidas/sanadas recentemente.
Para a importação de cavalos do Brasil, os EUA exigem a permanência dos cavalos em quarentena, por 7 dias, após a chegada aos EUA. Essa quarentena é realizada em locais específicos, controlados pelo serviço sanitário oficial dos EUA (APHIS/USDA).
Durante o período de quarentena, os cavalos são testados para AIE, Mormo, Durina e Piroplasmose (na técnica Fixação do Complemento e na técnica cElisa).
AIE e mormo são exames de rotina para a circulação de equinos em território brasileiro. Durina, também conhecida como sífilis equina, é uma enfermidade relacionada a reprodução, sendo o Brasil considerado livre da doença por outros países.
Dessa forma, nossa principal preocupação recai sobre a piroplasmose, enfermidade transmitida pelo carrapato que se distribui por todo território brasileiro.
Para evitar a infecção do cavalo, o controle de carrapatos deve ser feito, não só no indivíduo, mas em toda a propriedade.
Dos exames realizados para piroplasmose durante a quarentena, a técnica cElisa é a mais restritiva pois detecta se os cavalos têm anticorpos para a enfermidade. No entanto, a produção destes anticorpos pode ter ocorrido em qualquer momento da vida do cavalo, após o contato com carrapatos infectados, sendo mantidos por longos períodos.
Então, como exportar o cavalo com segurança para os EUA e prevenir que sua entrada seja recusada? Testando previamente ao embarque.
No entanto, todos os exames feitos antes do embarque não garantem o ingresso nos EUA, que considera somente os exames feitos durante a quarentena.
Desta forma, a testagem previa e rotineira dos cavalos, possivelmente exportados, diminui drasticamente o risco e fornece segurança ao exportador e importador.
Assim, o exame feito no Brasil não tem um prazo de validade específico. Cabe ao médico veterinário responsável pelo cavalo, em acordo com o proprietário, determinar se deve ou não repetir o exame com maior frequência. Mudanças de propriedades ou eventuais enfermidades, que possam afetar o sistema imune, são fatores que devem ser considerados para a realização de um novo exame.
Infelizmente, hoje, no Brasil, os laboratórios de análises clínicas estão impossibilitados de realizar o teste para piroplasmose na técnica cElisa pela falta do Kit de exame. Tal material não está sendo importado pelo distribuidor e os laboratórios necessitam enviar as amostras para o laboratório oficial da APHIS/USDA em Ames, Iowa.
Diante dessa dificuldade, os Lusitanos das gerações P e Q da Interagro foram testados nos EUA, por intermédio do Laboratório Equalli e exportação das amostras realizada pela GTC Brasil.
Dr. Cassiano Ricardo Rios – Diretor Veterinário / Veterinary Director
+55 (11) 98133-8100 / cassiano@gtcbrasil.com.br / www.gtcbrasil.com.br
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